segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

8º Dia (15 de Junho 2010)

Hoje foi um dia diferente, os trabalhos de triagem continuaram, mas uma equipa da qual que fiz parte foi fazer a limpeza da ilha. Esta equipa, foi organizada pela Mónica, e contava com pessoal do Creoula, que eu ainda nunca tinha visto em terra.


É quase impossível descrever o tipo de lixo que se encontra numa ilha isolada no oceano atlântico e com controlo de visitantes… é certo que o lixo que encontramos não foi trazido por visitantes mas sim pelo próprio mar, o que quase que é ainda mais grave. Significa que o ser humano ainda não percebeu que todas as suas atitudes têm consequências. Encontramos objectos tão variados como chinelos, escovas de dentes, “tazos” (sim aqueles das batatas fritas de alguns anos atrás), brinquedos de criança: cavalinhos de plástico,…, muitos restos de objectos de plástico, redes, muitas paletes de madeira, muito restos da cabos e claro está restos de vidros.


 Tenho pena de não ter levado a máquina fotográfica comigo pois faria aqui uma reportagem fotografica interessante sobre o que se encontra numa ilha, no meio do atlântico, onde vivem duas pessoas apenas alguns meses por ano…
Mais uma vez para o almoço fizemos um piquenique na praia.

Momentos de descontracção depois do piquenique.
Durante a tarde… bom como dizer isto, pela primeira vez senti o que devem sentir as pessoas que por estes dias estão na ilha quando o dia amanhece e os botes começam a trazer pessoas da Caravela, do Creoula e do Gago Coutinho. Desta vez era eu que estava na ilha e que fui vendo a chegada de dada vez mais gente para a ilha, foi literalmente uma invasão, isto porque (como todos sabem) hoje é o primeiro jogo de Portugal no mundial de futebol e na ilha há televisão, …, não é necessário explicar mais…


Eu, como não tenho muito interesse na bola, fui fazer uma caminhada pela ilha para aproveitar mais um pouco das belas vistas que por aqui podemos encontrar.

Depois do jantar, foi a vez de regressar à navegação, partimos para o Funchal e deixámos a Selvagem Pequena para trás só me ocorre pensar, será que algum dia terei oportunidade de aqui regressar, apercebi-me de que o tempo esta a passar muito rápido e que brevemente toda esta experiência vai acabar, oh que pena não ser uma multimilionária e poder ter uma vida que me permitisse fazer muitas viagens destas…

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