Fomos de novo para a Ilha.
Eu, o Hélder, os alunos e os jovens tripulantes fomos, após termos falado com os cientistas, fazer a recolha de peixes nas poças de água.
Ainda foi possível fazer apanhar uns belos exemplares.
E aprendemos a diferença entre os Blénios e os Góbios (caboz mais comum).
Eu, o Hélder, os alunos e os jovens tripulantes fomos, após termos falado com os cientistas, fazer a recolha de peixes nas poças de água.
A recolher as amostras. |
Resultado da "colheita". Foto de Farah Alimagham |
Blénios - barbatana dorsal simples, sem escamas.
Góbios - barbatana dorsal dupla, barbatana pélvica unida tipo ventosa pois são um peixe de fundo, com escamas.
Bem visível a barbatana dorsal simples. Foto de Farah Alimagham |
Barbatana pélvica unida. Foto de Farah Alimagham |
Barbatana dorsal dupla Foto de Farah Alimagham |
Caranguejos macho (esquerda) e fêmea (direita). Foto de Farah Alimagham |
Depois de almoço fomos para o navio Almirante Gago Coutinho para assistir ao mergulho do Rov eu e a Catarina, foi fantástico.Tivemos de levar o saco cama pois o mergulho do ROV deverá acabar de noite e depois tem de se analisar tudo o que ele recolhe e só depois, se houver tempo, é que vamos dormir.
Chegamos ao Almirante Gago Coutinho transportadas pelo semi-rígido conduzido pelo Chefe de Missão Professor Pinto de Abreu (fizemos um desvio e fomos ao Creoula para ir buscar o Comandante do mesmo).
Chegamos ao Almirante Gago Coutinho transportadas pelo semi-rígido conduzido pelo Chefe de Missão Professor Pinto de Abreu (fizemos um desvio e fomos ao Creoula para ir buscar o Comandante do mesmo).
Quando chegamos ao Gago estavam em limpeza, por causa das individualidades que vêm amanhã, e nós apanhamos uma verdadeira molha com água da limpeza que escorria mesmo no local onde a embarcação Selvagem nos deveria deixar.
Tivemos algumas horas de espera enquanto as pessoas da plataforma colocaram o Rov em posição e condições de mergulhar.
Por volta das 17 horas o Rov começou o funcionamento para entrar dentro de água.
Às 18.34 estávamos na sala a observar a televisão em alta definição para vermos as imagens do Rov, isto é as imagens captadas pelo Rov.
O mergulho foi feito nas coordenadas GPS: 3006.25 33N
01555.01 W
Com uma profundidade inicial de 700.39 m
Durante a descida e à medida que a luz ia desaparecendo vimos vários crustáceos e pequenos peixes vimos também pequenos hidrários .
No inicio do mergulho (depois de já estar no fundo) vimos uma esponja que o Rov mediu com o seu feixe de lasers, tinha cerca de 60 cm de diâmetro, era muito grande para o Rov.
Esponja. |
Entanto tentou-se apanhar um camarão que fazia da esponja a sua casa, mas ele foi mais rápido que o braço sugador do Rov.
De seguida encontramos esponjas Chupa-chupa com uma espectacular com azul.
O mergulho continuou e o ROV moveu-se ou melhor os técnicos que o movimentam disseram que o Rov estava em voo. Chegamos a uma zona que tinha aquilo a que foi chamado crostas ferromanganesiferas!
Durante a continuação da deslocação do Rov observamos uns montículos de areia, foi-me dito que seriam bolinha de regurgitação (organismos que vivem de baixo da areia, que retiram a matéria orgânica e libertam a areia já sem a matéria orgânica e fazem esta estrutura - já tinha visto algo resultante do mesmo processo mas em estruturas fósseis, nunca "ao vivo".
Camarão. Na imagem vê-se a profundidade. |
Esponjas Chupa-chupa. Visível na imagem o braço sugador do Rov. |
O Rov a recolher um esponja com o braço mecânico. Visível na imagem um dos contentores para armazenar as colheitas. |
Crostas ferromanganesiferas. |
Antes das crostas ferromanganesiferas nós fomos jantar à messe dos oficiais, sentamo-nos na mesa e fomos servidos pelos marinheiros de serviço, comemos uma sopa de legumes e como segundo prato esparguete, carne (dois bifes), ovo estrelado e batata frita.
Tivemos direito a água (quanta quiséssemos), fruta e café.
O comandante do Navio, Bessa Pacheco, também estava a Jantar, eu e a Catarina ficamos sentadas na mesa da jornalista da SIC.
Após o jantar voltamos para a sala de observação do ROV e continuamos com a recolha de imagens e vídeos.
Apareceu na imagem um lindo peixe.
Já no final do mergulho vimos tunicado do género Pirossoma e crinóides.
Também foi feita uma recolha de material neste local.
Claro que não posso deixar de referir o que aconteceu depois. Durante a subida do Rov para a superfície aconteceu qualquer coisa (o que foi, não sei) ao umbilical (cabo que prende o Rov ao Navio e por onde passa toda a fibra óptica que transmite as imagens e as ordens que se dão ao Rov).
O Rov acabou por ficar no fundo do mar ao largo das ilhas Selvagens. Bom foi uma situação que gostava de não ter presenciado, o olhar de consternação de toda a gente que estava lá, o olhar incrédulo de alguns, mas felizmente há sempre pessoas positivas nestas situações e o professor Biscoito acabou por nos tranquilizar, a todos. sobre o estado em que o Rov teria ficado.
Como já não iria existir o trabalho no Navio de análise do material recolhido no fundo do mar, fomos recambiados para as embarcações de origem. Quem era do Creoula foi para o Creoula e quem era da Caravela foi para a Caravela, mais uma vez fomos no semi-rígido, mas desta vez já era bem de noite e muito escuro, foi um passeio diferente. Se não fosse a preocupação pelo Rov.
O peixe, Cytopsis rosea, ficou durante algum tempo a "inspeccionar" o Rov. |
Já no final do mergulho vimos tunicado do género Pirossoma e crinóides.
Crinoides. |
Claro que não posso deixar de referir o que aconteceu depois. Durante a subida do Rov para a superfície aconteceu qualquer coisa (o que foi, não sei) ao umbilical (cabo que prende o Rov ao Navio e por onde passa toda a fibra óptica que transmite as imagens e as ordens que se dão ao Rov).
O Rov acabou por ficar no fundo do mar ao largo das ilhas Selvagens. Bom foi uma situação que gostava de não ter presenciado, o olhar de consternação de toda a gente que estava lá, o olhar incrédulo de alguns, mas felizmente há sempre pessoas positivas nestas situações e o professor Biscoito acabou por nos tranquilizar, a todos. sobre o estado em que o Rov teria ficado.
Como já não iria existir o trabalho no Navio de análise do material recolhido no fundo do mar, fomos recambiados para as embarcações de origem. Quem era do Creoula foi para o Creoula e quem era da Caravela foi para a Caravela, mais uma vez fomos no semi-rígido, mas desta vez já era bem de noite e muito escuro, foi um passeio diferente. Se não fosse a preocupação pelo Rov.
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